Teori Zavascki morreu na última quinta-feira (19), em um acidente aéreo próximo a Paraty-RJ
Ministro morreu na última quinta-feira em acidente aéreo
Da Redação
O presidente da Seccional São Paulo da OAB, Marcos da Costa, esteve em Votuporanga na manhã de ontem, em visita à Casa do Advogado, para discutir diversos assuntos com os profissionais da área. Na oportunidade, o presidente falou sobre o acidente do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, que morreu na última quinta-feira (19), em um acidente aéreo próximo a Paraty-RJ.
Marcos da Costa, que conheceu Teori Zavascki, lamentou a morte do ministro por conhecê-lo e ser uma pessoa especial. “Vejo essa morte com muita tristeza, eu o conheci, era uma pessoa especial, era um advogado e humanista. Levou o seu conhecimento e a sua vivência como advogado para a magistratura. Era alguém vocacionado a realizar a justiça”, disse.
Ainda segundo o presidente, do ponto de vista da nação também é uma tristeza, porque a população tinha grandes esperanças de construir um país mais justo. “Temos de acreditar que encontraremos outras mãos tão firmes, tão dedicadas e qualificadas como a dele para continuar a trajetória, para buscar que a justiça no Brasil seja efetivamente praticada”, explicou.
Membro do STF desde 2012, Teori Zavascki foi o ministro responsável pelas investigações da Operação Lava Jato na Corte, tratando dos processos dos investigados com foro privilegiado. Ele estava prestes a homologar os 77 depoimentos de delação premiada de executivos da empreiteira Odebrecht, que chegaram em dezembro do ano passado ao tribunal. O ministro tinha autorizado para a semana que vem as oitivas de confirmação dos depoimentos dos delatores.
De acordo com o presidente da Seccional São Paulo da OAB, a ministra Cármen Lúcia tem agora, após a morte do ministro, duas opções. “A primeira possibilidade é a nomeação de um novo ministro, que assume os processos de Teori. Como esse processo tem uma atenção especial, a outra possibilidade é que a ministra e presidente do Supremo, Cármen Lúcia, antecipe esse momento e promova a redistribuição para outros ministros, de forma que o processo tenha continuidade imediata. Com uma das duas soluções, eu tenho certeza que encontrará uma pessoa que entenda a importância desse processo e dê a ele a continuidade que ele precisa ter”, afirmou Marcos da Costa. (Colaborou Gabriele Reginaldo)