Desde que a Central foi implantada, em agosto deste ano, cerca de 60 atendimentos foram realizados no município
A intérprete de Libras Mayra era a responsável pela Central de Intérprete de Votuporanga (A Cidade/Aline Ruiz)
Aline Ruiz
aline@acidadevotuporanga.com.br
A Central de Intérprete foi implantada em Votuporanga em julho deste ano, por meio da Secretaria de Direitos Humanos. Os atendimentos começaram a ser realizados no mês seguinte, em agosto, pela professora e intérprete de Libras Mayra Raquel Nunes Branco. Neste mês, porém, os atendimentos foram suspensos pela Prefeitura, que alegou o cancelamento devido a problemas de saúde por parte da profissional. O Executivo ainda ressaltou que está em busca de outro especialista na área para substituição.
Durante os quatro meses, a Central de Intérprete prestou serviços para 60 moradores de Votuporanga, sendo que o investimento mensal por parte da Prefeitura com o programa era de R$ 880, com término previsto para dezembro. Agora, quem precisar utilizar a Central vai ter que esperar. “A Secretaria de Direitos Humanos está trabalhando para fazer a substituição o mais rápido possível e pede compreensão dos usuários”, explicou a pasta por meio de nota.
Questionada se os serviços da Central de Intérprete vão continuar a funcionar no ano que vem, a Secretaria afirmou que, assim como os demais projetos, isso depende do planejamento definido pelo prefeito eleito de Votuporanga, João Dado.
A professora e intérprete de Libras, Mayra Raquel Nunes Branco, afirmou que o serviço é de extrema valia para o município. “Tivemos um retorno excelente, pessoas nos procuravam todos os dias praticamente, mas o atendimento era realizado apenas duas vezes por semana. No ano que vem, caso o novo prefeito acate este projeto, queremos ampliar e atender também de manhã, já que o serviço só era realizado à tarde”, explicou a profissional em entrevista para o A Cidade.
Sobre o seu afastamento, Mayra falou a respeito do seu problema de saúde e revelou que possui um contrato com a Prefeitura de prestação de serviço. “Precisei parar de atender por causa da minha saúde, o meu contrato com a Prefeitura era de prestação de serviço, já que tenho uma microempresa, por isso oferecia meus serviços e recebia. Agora não acredito que a Central irá continuar atendendo. Acho que só ano que vem mesmo”, falou.
Central de Intérprete
O serviço oferecido pela Prefeitura, por meio da Secretaria de Direitos Humanos, funcionava da seguinte forma: o usuário solicitava a presença da intérprete de Libras no local necessário, se comunicava na língua de sinais com a profissional, que fazia a interpretação simultânea para o atendente do estabelecimento. A intérprete atendia as quartas e quintas-feiras, das 14 às 17h, mediante agendamento prévio por meio do telefone (17) 3422-2770.