“O educador bateu a cabeça do meu filho no chão porque ele não queria dormir”, contou a mãe
As agressões teriam acontecido no Cemei Floriano Marzochi, no Jardim Monte Alto
Daniel Castro
daniel@acidadevotuporanga.com.br
Uma criança de 4 anos de idade teria sido agredida no Cemei Floriano Marzochi, no Jardim Monte Alto, em Votuporanga, segundo a mãe do menino, que registrou um boletim de ocorrência sobre o caso.
De acordo com a mãe, de 23 anos, seu filho foi agredido duas vezes. Na primeira, no último dia 1º: “o educador bateu a cabeça do meu filho no chão porque ele não queria dormir”, contou. Na segunda vez, no último dia 5: “a segunda vez foi uma mulher. Ela segurou a cabeça do meu filho no colchão, o deixando sem conseguir respirar”.
A mãe revelou que soube dos fatos no último dia 5. Conforme a mulher, quando seu filho contou sobre o sufocamento, ela lembrou de um “galo na testa”, então questionou sobre o que havia acontecido, e o menino disse.
Ainda segundo a mãe, o educador contou que tinha “só encostado nele, e ele se desequilibrou e caiu”. “É tudo mentira”, rebateu. Questionada sobre o seu sentimento no momento, a mãe falou que está com muita raiva, revolta e que hoje quer Justiça. “Quero que seja resolvido e não arquivado”, comentou.
A mulher acrescentou que terá custos extras, uma vez que irá pagar uma pessoa para ficar com o seu filho, já que não tem mais coragem de deixar ele na escola novamente.
O advogado e futuro vereador Hery Kattwinkel foi contratado para acompanhar o caso. Em conversa com A Cidade, ele disse que pretende primeiramente analisar os vídeos e depois tecer comentários sobre o que aconteceu. “Não quero cometer algo precipitadamente, por isso vou analisar as imagens”, resumiu. Após isso, ele vai acompanhar de perto os próximos passos, o que seria uma sindicância para investigar a questão. “O importante é que estamos dando toda assistência e acompanhando tudo de perto”, acrescentou.
A Secretaria da Educação informou que abrirá sindicância para apurar o fato e que, se comprovadas condutas inadequadas, os profissionais podem ser penalizados e até demitidos. No momento, os servidores seguem trabalhando. O Estatuto do Servidor determina que qualquer tipo de sanção administrativa seja aplicada somente após a instauração de Processo de Sindicância ou Processo Administrativo Disciplinar.
A pasta ressaltou que os profissionais são capacitados constantemente, principalmente com orientações nas próprias escolas por meio do profissional de Coordenação Pedagógica, cargo implantado na atual administração para acompanhar o processo pedagógico diretamente com os professores. Os coordenadores também contam com uma equipe de Assessoria Pedagógica que atua na Secretaria da Educação para diversas orientações e discussões. “Além disso, a Secretaria de Gestão Administrativa da Prefeitura também conta com um psicólogo para atendimento do servidor em qualquer circunstância”, explicou.