CRAM de Votuporanga recebe cerca de 60 novas ocorrências de violência doméstica por mês da Delegacia da Mulher e outros setores
Ato lembrou Dia Internacional de Combate a Violência contra a Mulher, ontem, no Centro (A Cidade/Jociano Garofolo)
JocianoGarofolo
garofolo@acidadevotuporanga.com.br
No mês em que é lembrado o Dia Internacional de Combate à Violência contra as Mulheres, oA Cidade se informou de números que mostram uma situação preocupante em Votuporanga. De outubro de 2014 até o mês de abril de 2016, constam no banco de dados do Centro de Referência e Atendimento à Mulher, o CRAM, um total de 2.952 mulheres, considerando dados inseridos no sistema de informação da Secretaria Municipal de Assistência Social.
O CRAM recebe cerca de 60 novas ocorrências de violência doméstica por mês da Delegacia de Defesa da Mulher, bem como de outros setores.A média é de 278 acompanhamentos por mês. Em 11 meses, foram realizados 3.065 atendimentos.
O CRAM exerce o papel de articulador das instituições e serviços governamentais e não governamentais, que integram a Rede de Atendimento à Mulher, visando o acesso natural a esses serviços para mulheres em situação de vulnerabilidade, em função de qualquer tipo de violência ocorrida por sua condição de mulher.
Vale salientar que o município conta hoje com a Delegacia de Defesa da Mulher – DDM; Conselho Municipal dos Direitos da Mulher – CMDM (constituído em 17 de novembro de 2010); Serviço de Atendimento Especializado – SAE, o qual realiza o pronto atendimento às mulheres vítimas de violência sexual; Assistência Judiciária gratuita da Ordem dos Advogados do Brasil; e parceria/consórcio com a Casa Abrigo Solidária Regional de São José do Rio Preto.
A equipe multidisciplinar é composta por coordenação, advogada, assistentes sociais, psicólogos, educadores sociais, serviços gerais, auxiliar administrativo, motorista e um menor aprendiz (DAFIC).
Como buscar ajuda
A mulher vítima de violência doméstica e familiar deverá, para sua proteção e de seus familiares, comparecer à Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) mais próxima de sua residência, ou em delegacia comum, caso não haja acesso a Delegacia Especializada, e relatar a ocorrência dos fatos para efetuar o registro do Boletim de Ocorrência (BO) contra seu agressor. Ela poderá ir sozinha ou acompanhada de pessoas de sua confiança.
Poderá entrar em contato com a Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, que funciona 24h, todos os dias da semana, e recebe relatos, acolhe, informa e orienta mulheres em situação de violência. A Ouvidoria Municipal também recebe denúncia pelo número 0800 770 3590.
Ou ainda, a mulher vitimizada pode apresentar denúncia à Justiça, pelo Ministério Público do município. Além de procurar Hospitais Públicos, que atendem mulheres vítimas de violência física e sexual, o SAE (Serviço de Atendimento Especializado) também garante acesso aos serviços de contracepção de emergência (pílula do dia seguinte) e doenças sexualmente transmissíveis/AIDS.
Para esclarecimento, acolhimento ou orientações, a mulher vítima de violência doméstica pode procurar as seguintes unidades da Secretaria Municipal de Assistência Social, sendo elas:
CRAM - Centro de Referência de Atendimento à Mulher, localizado na rua São Paulo, 2959;
CRAS – Centro de Referência e Assistência Social, mais próximo da sua residência (Zona Sul, Norte e Leste do município);
CREAS – Centro de Referência Especializado de Assistência Social, localizado na rua Leonardo Commar, 1683.