Outra informação que impressiona divulgada em audiência pública ontem são os números da UPA, que ultrapassam 90 mil atendimentos
Da redação
A Secretaria Municipal da Saúde de Votuporanga realizou na tarde de ontem (30), a audiência pública referente ao segundo quadrimestre de 2016, na qual foram apresentados os números de atendimentos e valores utilizados pela pasta. Entre os dados divulgados, alguns números impressionam. A quantidade de atendimentos médicos foi maior que a população do município, além da UPA que realizou mais de 90 mil atendimentos. A reunião contou com a presença dos vereadores Pedro Beneduzzi, Vilmar da Farmácia, Silvio Carvalho, Emerson Pereira e Eliezer Casali.
Os atendimentos realizados entre os meses de maio e agosto, somadas as Consultas Ambulatoriais e em Postos de Atendimento (P.A), totalizaram 104.526 atendimentos, número bem acima da população estimada de Votuporanga em 2016, que é de 92.032. A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) também impressiona pela quantidade de atendimentos realizados durante esses quatro meses, que abrangem os trabalhos de serviço social, cateterismo, coleta de material, sondagem gástrica, troca de sonda nasoenteral, entre outros, o total chega a 90.381 pessoas atendidas. Já o SAMU, que atende pelos 192, recebeu 10.810 chamados.
Foram apresentados pelo assessor de gabinete, Deosdete Vechiato, os dados referentes a despesas da pasta no segundo quadrimestre de 2016. Entre os valores as despesas pagas totalizam 32.327.948,92.
Na ocasião, a secretária da Saúde, Dra. Fabiana Parma, também foi questionada sobre determinados assuntos pelos vereadores que acompanharam a audiência. Pedro Beneduzzi ficou surpreso com o número preocupante de pessoas atendidas com diarréia, um total de 1.920. A secretária explicou que esse número faz parte dos casos notificados não só em relação aos moradores de Votuporanga, mas também de pessoas que passaram por atendimentos e não residem no município.
Emerson Pereira, por sua vez, questionou a suposta falta de medicamentos. De acordo com a secretária, os medicamentos que estão em falta nas unidades de saúde não são os mesmos citados em sessões da Câmara, como por exemplo, o dipirona. Ela comenta que são quatro remédios que estão em falta, mas que a chegada não depende da Administração Municipal. “São quatro itens em falta, que existe uma dificuldade de distribuição em todo estado”, disse a secretária, destacando que nenhumas dessas faltas são por falta de investimentos do município.
Fabiana Parma ainda aproveitou para pedir que as pessoas que estiverem sem a medicação necessária e que não tem condições de adquirir os mesmos, que procure a Secretaria Municipal de Saúde, para que o paciente possa ser assistido e a questão resolvida. (Colaborou Rivaldo Silva)