Após julho com um saldo de empregos positivo, Votuporanga voltou a cair na geração de postos de trabalho em agosto
Daniel Castro
daniel@acidadevotuporanga.com.br
Depois de registrar mais contratações do que demissões no mês de julho, Votuporanga voltou a ter saldo negativo de admissões em agosto, segundo dados divulgados na tarde de ontem pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho.
No total do mês, são 743 demissões contra 730 contratações, o que resulta em um salto de -13. O setor da indústria de transformação admitiu 217 trabalhadores e demitiu 240: saldo de -23. O serviço industrial de utilidade pública contratou 15 pessoas e dispensou uma, resultando em 14 vagas criadas.
Já a construção civil admitiu 128 trabalhadores e dispensou 103, gerando em 25 postos de trabalho.
Após julho negativo, o comércio mostrou saldo positivo em agosto (duas vagas), porque contratou 175 pessoas e demitiu 173. No setor de serviços, o saldo caiu bastante em relação ao mês passado. São -17 postos de trabalho, uma vez que 205 pessoas foram demitidas e 188 contratadas.
No setor da agropecuária, sete trabalhadores foram contratados e 21 foram demitidos, resultado em -14 vagas.
Nos oito primeiros meses de 2016, 6.318 pessoas perderam emprego em Votuporanga e 5.802 foram contratadas, gerando um saldo de -516 vagas de trabalho com carteira assinada. De janeiro a agosto, o setor de serviços é o que tem o pior salto -180 postos de trabalho. Nos últimos 12 meses, o município perdeu 816 vagas de emprego; são 9.432 demissões contra 8.616 admissões.
Em agosto, 33.953 vagas formais foram fechadas no país, segundo dados Caged. Trata-se do 17° resultado negativo consecutivo. No entanto, a queda no emprego desacelerou na comparação com agosto de 2015, quando foram fechados 86.543 postos formais, 64,5% a mais do que no mês passado.
No acumulado do ano, o Caged contabiliza 651.288 vagas fechadas. O resultado é o pior para o período desde o início da série histórica, em 2002.
Os setores que tiveram as maiores perdas de vagas formais foram construção civil (-22.113 postos), agricultura (-15.436) e serviços (-3.014 postos).