A promessa do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual é fazer um pagamento nesta semana e outro na próxima
Daniel Castro
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Após uma reunião em São Paulo, tudo indica que o impasse entre Santa Casa de Misericórdia e Iamspe (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual) será resolvido. Pelo menos foi o que explicou o vereador Mehde Meidão Slaiman Kanso, durante a 29ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal, na noite de ontem.
De acordo com o parlamentar, o Iamspe devia R$ 816 mil e, na semana passada, recebeu R$ 338 mil. Agora, a promessa o Instituto é pagar R$ 200 mil esta semana e mais R$ 278 na semana que vem. “Segundo a promessa deles, é zerar a dívida com o hospital. Caso isso aconteça, o atendimento continuará sendo feito, porém, se eles não quitarem, será interrompido”, explicou Meidão.
O vereador ressaltou que o atendimento do Iamspe na Santa Casa é importantíssimo, uma vez que muitos servidores públicos estaduais necessitam deste serviço, portanto não seria justo ele ser interrompido por questões de pagamento. Por outro lado, acrescentou, ele entende que o hospital também tem suas necessidades, então precisa receber para atender.
Ainda conforme Medião, a reunião ocorreu em São Paulo com a diretoria financeira do Iamspe e foi bastante produtiva. Quem também participou da reunião foi o deputado estadual Carlão Pignatari.
No último dia 10 de agosto, a Santa Casa enviou um ofício direcionado ao superintendente do Iamspe, Latif Abrão Júniro, formalizando o pedido de descredenciamento da instituição, dentro do período de 60 dias. A principal motivação era o atraso recorrente dos repasses dos serviços prestados, que era de R$ 816 mil (referente ao faturamento da competência de abril, maio e junho/2016), e a falta de um novo contrato que atenda todas as necessidades dos usuários do plano, sem onerar o hospital.
Na oportunidade, a unidade de saúde explicou que, após anos suportando os recorrentes atrasos, com várias tentativas de negociação e notificações, o hospital viu-se obrigado a tomar “essa difícil decisão para não comprometer os demais atendimentos, já que atualmente, o contrato vigente não é suficiente nem para os atendimentos de urgência e emergência”. Por isso, nos últimos meses, o hospital teve que contingenciar os atendimentos eletivos e ambulatoriais.
Meidão esclareceu ontem que a Santa Casa também está negociando uma nova cota para o atendimento do Iamspe, uma vez que os valores estão defasados. “Esperamos também que o repasse aumento para que o atendimento não corra o risco de ser interrompido”, falou.