Anunciado em 2010, Ecopapel é um projeto distante e inviável para a Saev; custo de implantação seria em torno de R$ 500 mil
Aline Ruiz
aline@acidadevotuporanga.com.br
Sem parceiros e, consequentemente, sem investimentos, o Ecopapel (Cooperativa de Reciclagem de Papel de Votuporanga) continua sem chance de dar certo. O projeto, que foi anunciado em 2010, até hoje é um incógnita já que não há uma previsão de funcionamento e nem mesmo se vai ocorrer no município ou não. Um dos motivos seria o alto valor a ser desembolsado pela Prefeitura.
Em entrevista para o A Cidade em 2014, o gestor de Meio Ambiente da Saev Ambiental, Gustavo Gallo Vilela, explicou que o investimento seria de R$ 500 mil. Ainda de acordo com ele, a Coorpervinte (Cooperativa de Reciclagem) não quis aderir à iniciativa, por isso o projeto acabou ficando sem parceiros e investimentos. “Mas ainda não desistimos dele”, falou o gestor na época.
Questionada, a Saev Ambiental explicou que a situação do projeto continua a mesma de 2014. De acordo com a autarquia, o projeto depende de parceiro que se interesse em desenvolvê-lo, já que sem não é possível viabilizá-lo.
Projeto Ilha de Papel
O Ecopapel se assemelha com a Ilha de Papel, projeto de Ilha Solteira. O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos – Projeto Ilha de papel oferece atividades socioeducativas no período oposto ao escolar, que tem como foco a consciência ambiental, estimuladas através da reciclagem, fabricação de papéis artesanais com fibras vegetais, utilizadas para a construção de objetos com várias texturas como caixas de presentes, embalagens, pastas, cadernos, agendas, esculturas e demais artesanatos, para 40 adolescentes de ambos os sexos, residentes no município.
Trata-se de um serviço de proteção social básica desenvolvido com adolescentes de ambos os sexos de 14 a 17 anos completo, em situação de vulnerabilidade, e suas famílias, onde são ofertados espaço de convivência e diversas atividades tais como palestras, discussões grupais, reflexões individuais, espaço de escuta, acolhimento, encaminhamento a rede de serviços, oficinas de inclusão digital, oficina com foco na preparação para o trabalho, entre outros.
Os participantes recebem uma bolsa aprendiz no valor de ¼ de salário mínimo e mais o rateio de 50% de toda a produção anual do projeto.