Os vereadores criticaram a medida e entendem que é mais uma forma do governo arrecadar dinheiro
Daniel Castro
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Entre os diversos assuntos discutidos na 25ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Votuporanga, na noite de anteontem, estava a iniciativa conhecida popularmente como “lei do farol baixo”. Desde o último dia 8, o farol baixo aceso durante o dia em rodovias é obrigatório. Os vereadores criticaram a medida e entendem que é mais uma forma do governo arrecadar dinheiro.
Um dos primeiros a falar sobre a questão foi o vereador Pedro Beneduzzi. Ele lembrou que antes “inventaram” um kit de primeiros socorros, então venderam muitos, porém depois a obrigatoriedade acabou. Posteriormente, acrescentou, foi a vez da regra dos extintores e agora criaram essa lei do farol. “É mais um golpe que vão dar na população. É outra tomação de dinheiro que vão fazer com a população brasileira”, falou.
Aproveitando que seu colega falou do assunto, o presidente da Câmara, vereador Sérgio Adriano Pereira, o Serginho da Farmácia, pediu um aparte. Ele também se mostrou contrário a iniciativa. O parlamentar citou um boato de que a lei teria sido criada para aumentar quantidade de multas, já que radares funcionariam melhor caso o carro estiver com o farol ligado.
Outro que comentou a lei foi o vereador Douglas Lisboa. Conforme ele, já existem pessoas burlando a lei com uma película, que é pregada nos faróis e quanto o sol bate, parece que o farol está ligado. Na opinião do parlamentar a lei não servirá para nada.
O objetivo da “lei do farol baixo” é aumentar a segurança nas estradas, reduzindo o número de acidentes frontais. Segundo o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), estudos mostram que a presença de luzes acesas reduz entre 5% e 10% o número de colisões entre veículos durante o dia. A maioria das colisões frontais é causada pela não percepção do outro veículo por parte do motorista, a tempo de reagir para evitar o acidente ou pelo julgamento errado da distância e velocidade do veículo que trafega na direção contrária em casos de ultrapassagem.