Unidades da rede municipal apostam em aulas no contraturno como forma de auxiliar em pequenos grupos de estudantes com dificuldades de aprendizado
Cada criança tem um ritmo de aprendizado. Ao longo do ano, sempre aparecem defasagens entre os alunos: uns com mais facilidade, outros têm mais dificuldade. Para que esses desníveis não prejudiquem a formação educacional, todas as unidades da rede municipal têm oferecido programas de reforço escolar no contraturno das aulas.
No reforço, os alunos com essas dificuldades - diagnosticadas por professores e pelo Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar Municipal (Sarem), realizado em março deste ano - são reunidos em pequenos grupos para aulas mais dirigidas.
No Centro de Educação Municipal (CEM) “Prof. Geyner Rodrigues”, no São Cosme, a professora Kátia Leite é quem tem a missão de encontrar novas linguagens para matemática e português. Na sala, placas como “Hora de estudar”, “Hora de leitura” e “Hora da Pesquisa” demonstram como as atividades são realizadas.
As aulas de reforço abrangem alunos dos 4º e 5º anos, de terças a sextas-feiras. Cada um possui quatro atividades por semana, para auxiliar no aprendizado. Horas que têm valido à pena. Erick Rodrigo Bassini Souza, de 11 anos, tinha dificuldade com matemática. “Eu gosto do reforço, porque eu fico melhor no estudo. Eu não sabia fração e divisão e agora sei fazer”, contou.
Seu colega, Marcos David de Paula Silva, de 10 anos, também está melhorando na matemática. “Aprendi equação e como resolver situações problemas”, complementou.
Os benefícios do projeto já foram notados recentemente, com a realização da olimpíada de matemática do município. “Muitos estudantes conseguiram concluir a prova sem dificuldade”, contou a professora.
A secretária da Educação, Silvia Rodolfo, destacou que o reforço ajuda no acesso as outras linguagens, mais facilitadas e com materiais diferentes. “O projeto tem sido implantado como uma ferramenta indispensável para os anos da alfabetização. Pode ser a oportunidade de a criança aprender a estudar de forma diferente da que vinha adotando. Como estará em um grupo menor e com mais atenção do professor, o método de ler em voz alta, fazer resumos ou exercícios funciona melhor”, finalizou.