A mãe afirma que a agressão aconteceu em sala de aula; a Secretaria de Educação garante que foi no playground
Daniel Castro
daniel@acidadevotuporanga.com.br
Uma mãe votuporanguense está revoltada após seu filho, de 3 anos, apanhar em uma creche da cidade. Ela, inclusive, registrou um Boletim de Ocorrência para que o caso seja investigado. A criança está com marcas da agressão no rosto. Já a Secretaria da Educação lamentou o ocorrido e informou que já tomou as providências necessárias para esclarecer o fato. A Prefeitura não quis informar o nome da creche para a reportagem. A mãe foi orientada pelo seu advogado a também não informar a creche.
Em conversa com A Cidade, a mãe garantiu que a agressão aconteceu em sala de aula e foi feita por um aluno, também de 3 anos. “Não é a primeira vez que ele faz isso. Essa é a terceira vez ultimamente, e ele sempre fica marcado, sem contar as outras agressões mais leves”, contou. Outra reclamação da mulher é que a professora grita bastante na sala de aula. Ela disse que a Secretaria de Educação vai analisar o caso de perto e que os pais da outra criança já foram contactados. “Como eles deixam acontecer isso dentro de uma sala de aula? Essa é a mina indignação”, comentou.
Em texto publicado no Facebook, a mãe disse estar indignada e inconformada. A mulher afirmou saber que seu filho não é o mais quieto na escola e que ele também “apronta as dele”, porém há meses, todas as semanas, ele apanha. “A única coisa que sei ouvir da professora é ‘ele que começa’ Será? Estranho como ontem a professora faltou e a substituta só elogiou meu menino. E mais estranho é conversar com as mamães das outras crianças e perguntar se elas reclamam do meu filho e a resposta ser não”, relatou.
A mãe frisou que não se pode admitir que uma criança bata na outra com tanta violência, e que os pais não compareçam em nenhuma reunião para saber o que acontece na creche. “Levo e busco meu filho todos os dias e pergunto como foi antes de sair da sala”, disse. Ele observou que é muito importante os pais participarem das reuniões para ficarem inteirados sobre o que acontece.
Segundo a mulher, nem o próprio diretor sabia o que tinha ocorrido. “Na sala, quando ele viu o meu filho, ele se assuntou”, contou. Ele disse que ficou mais de um ano esperando vaga nesta unidade e que no começo não tinha do que reclamar, mas depois de algumas mudanças, está decepcionada. “Espero que seja tomada uma providência por parte da escola, pois eu já sei as que eu irei tomar se nada for mudado”, concluiu.
Já segundo a Prefeitura, a situação aconteceu enquanto as crianças estavam no playground, local em que normalmente há maior contato físico entre elas. “Mesmo com supervisão de professor, comportamentos como este, infelizmente, podem ocorrer, devido ao desenvolvimento dos alunos desta faixa etária”, explica.
Sobre a mãe afirmar que aconteceram outras vezes, a pasta alega que não foi registrada nenhuma outra reclamação. “A Secretaria orienta os profissionais da área a trabalharem sempre em parceria com os pais, principalmente, quando o aluno apresentar comportamentos desse tipo. Tanto em casa, como na escola, o diálogo entre os responsáveis pela criança é de extrema importância para seu bom desenvolvimento”.