A principal justificativa do grupo de vereadores contrários a proposta é que o projeto de lei iria encarecer empreendimentos populares com mais de dois andares.
Fábio Ferreira
Com oito votos contrários e apenas seis a favor, o projeto de autoria do vereador Mehde Meidão (PSD) que exigia a instalação de elevador para edificações com mais de dois andares em Votuporanga, foi reprovado no Legislativo. A principal justificativa do grupo de vereadores contrários a proposta é que o projeto de lei iria encarecer empreendimentos populares com mais de dois andares.
Segundo a justificativa de Meidão, o objetivo era garantir o acesso de pessoas portadoras de necessidades especiais ou com mobilidade reduzida aos novos prédios que serão construídos no município. "Quero deixar claro que fiz a minha parte ao apresentar este projeto em benefício da população", afirmou Meidão.
Votaram contra: Jura, Osvaldo Carvalho, Vilmar da Farmácia, Pedro Beneduzzi, Eliezer Casali, Emerson Pereira, Edilson do Santa Cruz e Silvão. "O senhor é autor de projetos polêmicos, principalmente em ano eleitoral, mas eu votei contra acima de tudo por princípios técnicos", defendeu Jura.
Com a reprovação do projeto, o vereador Meidão ainda afirmou que "temos exemplos de empresários que estão preocupados com o bem-estar da população e mesmo em prédios pequenos colocam elevadores. Já aprovamos aqui projetos para beneficiar um ou dois grandes da cidade, e este que beneficiaria grande parte da população foi rejeitado", alfinetou.
Contrariado com a rejeição da proposta, o vereador Mehde Meidão ainda retirou outro projeto de sua autoria que iria para apreciação dos parlamentares em seguida. Trata-se do projeto 64/2016, que obrigaria estabelecimentos bancários a disponibilizar cadeiras de rodas a população com mobilidade reduzida. "Retiro o projeto porque não quero dar despesa aos bancos de Votuporanga", ironizou o vereador ainda em razão da justificativa de rejeição do projeto anterior, que poderia encarecer empreendimentos populares.