Daniel Castro
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Mal começou o governo Michel Temer e já há manifestações contrárias à sua administração em diversas cidades do país. Em Votuporanga, a primeira será realizada hoje, às 20h30, na calçada do Centro de Lazer do Trabalhador, na avenida Ângelo Bimbato. Denominada de “Luzes pela democracia”, o ato é organizado por pessoas de diversos setores.
Tudo começou quando munícipes ficaram descontentes com o novo ministério, então queriam fazer algo para manifestar a indignação. Questionadas sobre quais as insatisfações, os manifestantes mostraram alguns dizeres: “O pato sumiu, o Moro sumiu, a crise sumiu, o caos social sumiu, a Lava Jato sumiu, as prisões semanais sumiram, os coxinhas sumiram, os golpistas sumiram, o país voltou a sua normalidade. Enfim era isso o que o povo queria: o fim da corrupção”.
Há ainda, conforme o grupo, vários outros motivos. Segundo os “descontentes”, todos os programas de inclusão social implantados nos governos Lula e Dilma estão ameaçados. Entre eles estão, o Minha Casa, Minha Vida; Bolsa Família; Mais Médicos; SUS; Samu; e Farmácia Popular.
Correm risco também, conforme o grupo, os direitos trabalhistas, política de aumento real do salário mínimo; fim do piso nacional do magistério, que foi uma das maiores conquistas dos professores; pagamento de mensalidade nas universidades públicas. “Há ainda muitas outras insatisfações. Todo dia tem novidade”, explicaram.
Ministro do STF libera ação que pede abertura de impeachment de Temer
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou para julgamento no plenário da Corte a ação que pede a abertura de processo de impeachment do presidente da República em exercício, Michel Temer, por crime de responsabilidade.
No começo do mês passado, Marco Aurélio concedeu uma liminar determinando a instalação de uma comissão especial para analisar o pedido de impeachment de Temer nos moldes do que ocorreu com a presidente afastada, Dilma Rousseff.
Agora, caberá ao presidente do Supremo, ministro Ricardo Lewandowski, marcar uma data para o julgamento do caso.
A decisão de Marco Aurélio foi tomada após pedido do advogado Mariel Marley Marra contra decisão do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tomada em 5 de janeiro, que rejeitou abrir processo por entender que não havia indício de crime.