O possível caso de maus-tratos está sendo analisado pela Secretaria Municipal de Educação
Daniel Castro
daniel@acidadevotuporanga.com.br
O possível caso de maus-tratos a uma criança no Cemei Professora Maria Lygia Bertoncini Leite, na zona norte de Votuporanga, está sendo analisado pela Secretaria Municipal de Educação, que, posteriormente, deve tomar as providências cabíveis. O jornal A Cidade esteve na creche, onde conversou com mães e apurou que o caso teria sido isolado. A reportagem tomou conhecimento ainda que a cuidadora está bastante abalada com toda a repercussão.
A ajudante geral Adriana Barsaque, 40 anos, é mãe de duas meninas que frequentam o Cemei, uma de 2 e outra de 4 anos. “Uma entrou quando tinha 4 meses, a outra com 8. Eu não tenho do que reclamar daqui”, destacou. Ela acrescentou que nunca teve problemas na creche e sempre foi muito bem atendida. “As tias são muito boas e atenciosas”, disse.
Adriana ressaltou ainda que tem total acesso ao Cemei, que sempre é totalmente aberto para ouvir os pais. Ela participa de todas as reuniões e sempre tem excelente diálogo com a direção. “Minhas filhas adoram aqui. Uma até coloca o uniforme para ir para creche; essa, se cismar, não vai para lugar nenhum, mas aqui ela adora”, comentou.
Em uma rede social, uma mulher relatou que seus sobrinhos ficam no Cemei, onde são tratados muito bem. “Meu sobrinho teve problema de adaptação e os meios pelos quais eles usaram para integrá-lo foram ótimos. Sou contra a maus-tratos, mas não generalizo”, escreveu.
Em nota, a Secretaria da Educação de Votuporanga afirmou que desenvolve uma política de valorização dos professores, oferecendo, por exemplo, formações continuadas que debatem diversos temas, entre eles, condutas adequadas dentro das salas de aula.
O caso
A mãe de uma criança matriculada no Cemei Maria Lygia relatou em uma rede social um “desabafo”. “Ouvi uns gritos e choro, fui mais perto da parede que dá acesso ao banheiro das crianças e daí tive a certeza de que minha filha não ficaria ali mais nenhum segundo. A tia gritava para a criança ‘engolir o choro’, repetiu essa frase por várias vezes. Depois começou a perguntar para criança se ela choraria mais, a criança inocente respondia que “Sim”, então ela gritava com a criança ‘não, não é pra chorar’. Gente, não estou exagerando, ela gritava absurdamente com a criança, criança que não conseguia conter o choro, fiquei trêmula de nervoso, porque imaginei: será que essa cena acontecia com a minha filha? E com outras crianças?”. A mãe resolveu tirar a criança da creche.