O programa oferece refeições a baixo custo em cidades polo na prestação de serviços na área de saúde no Estado de SP
Daniel Castro
O vereador Mehde Meidão Slaiman Kanso, o prefeito Júnior Marão e o deputado estadual Carlão Pignatari devem viajar juntos para São Paulo, onde reivindicarão a instalação do programa Bom Prato Saúde em Votuporanga.
Meidão busca, desde 2011, a iniciativa para o município. Em dezembro do ano passado o secretário de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo, Floriano Pesaro, em visita a Votuporanga explicou que a iniciativa foi criada para cidades grandes, com mais de 400 mil habitantes, oferecendo uma alimentação saudável com todo o equilíbrio nutricional necessário para o desenvolvimento das pessoas, a um preço muito barato. O governo paga a diferença. Por outro lado, ele observou que em cidades menores o programa pode ser “um perigo, um problema”. “Você coloca o Bom Prato e acaba fechando todos os restaurantes entorno”, alertou.
No entanto, a intenção dos políticos é buscar para o município uma modalidade um pouco diferente do programa: o Bom Prato Saúde, para cidades polo em serviço de saúde.
De acordo com Meidão, as conversas estão bem adiantadas e a expectativa para a instalação da iniciativa em Votuporanga é muito boa. “É algo muito bom para a cidade. A ideia é que seja nas proximidades da Santa Casa de Misericórdia”, comentou o parlamentar.
O prefeito também defende a chega do Bom Prato. Ele ressaltou que serão estudadas todas as questões, inclusive a comercial, para a implantação do programa no município.
Um dos propósitos da iniciativa é dar uma alimentação adequada às pessoas que saem 4 horas da manhã de uma determinada cidade da região para ir em uma consulta.
Bom Prato
O programa de segurança alimentar do Governo do Estado de São Paulo foi criado em dezembro de 2000 com objetivo de oferecer à população de baixa renda, refeições saudáveis e de alta qualidade a custo acessível.
São 50 unidades no Estado, sendo 22 localizadas na Capital, oito na Grande São Paulo, cinco no litoral e 15 no interior. A rede de restaurantes Bom Prato serve diariamente mais de 82 mil refeições (inclusive o que é servido nos fins de semana na unidade de Campos Elíseos).
O almoço, com 1,2 mil calorias, composto por arroz, feijão, salada, legumes, um tipo de carne, farinha de mandioca, pãozinho, suco e sobremesa (geralmente uma fruta da época), tem custo de R$ 1 para o usuário. O subsídio governamental é de R$ 3,81 para adultos e de R$ 4,81 para crianças com até 6 anos, que têm a refeição gratuita.
Já o café da manhã tem leite com café, achocolatado ou iogurte, pão com margarina, requeijão ou frios e uma fruta da estação. A refeição, de 400 calorias em média, custa R$ 0,50 ao usuário. Em setembro de 2011, este serviço foi implantado em todos os restaurantes, com subsídio do Estado no valor de R$ 1,53 por refeição matinal.
Atualmente, o Governo do Estado de São Paulo aumentou em 10% o subsídio passado para as entidades gestoras do programa Bom Prato nas refeições de adultos e 7,58% para crianças. O investimento anual será de mais R$ 7,8 milhões.