Especialização de pneumologia pediátrica é a que mais sofre com este problema, seguida dos atendimentos não médicos
Leidiane Sabino
leidiane@acidadevotuporanga.com.br
Muitas pessoas reclamam da demora para a realização de alguma consulta médica pelos serviços de saúde pública, o problema é que muitas vezes a situação é causada pelos próprios cidadãos, que faltam no dia agendado, não avisam da desistência e prejudicam quem espera pelo atendimento. Em Votuporanga, no AME (Ambulatório Médico de Especialidades) tem área que as faltas chegam a 48,44%.
O número da taxa geral de absenteísmo, que o Ambulatório Médico de Especialidades concluiu no mês de janeiro deste ano, isto é, que os pacientes não compareceram à unidade, foi de 12,08%, sendo: interconsulta não médica com 36,16%; diagnóstico por ultrassom (SADT Externo) 19,45%; e diagnóstico por endoscopia (SADT externo) de 20%. A pneumologia pediátrica, com 48,44%; infectologia, com 25%; e obstetrícia (alto risco), com 20,79%, estão entre as especialidades que mais sofrem com essas taxas.
Prefeitura
O problema também é enfrentado nas unidades de saúde da cidade. Em recente entrevista ao jornal A Cidade, a secretária de Saúde de Votuporanga, Fabiana Parma, comentou que é grande a quantidade de pessoas que agendam consultas e exames médicos por meio do SUS e não comparecem no dia marcado, o que é chamado na área da saúde de absenteísmo.
“Já faz praticamente um ano que a gente faz este trabalho de conscientização à população sobre estas faltas. Dentro do próprio município, temos uma taxa média de 15% de absenteísmo em consultas. Isso é ônus para nós, que pagamos toda a estrutura, profissionais para atender”.
Atendimentos
O Ambulatório Médico de Especialidades de Votuporanga, unidade da Secretaria de Estado da Saúde, gerenciada em parceria pela Santa Casa de Votuporanga, realizou, no mês de janeiro de 2016, 8.620 atendimentos médicos, entre consultas, interconsultas e retornos. Dentre as especialidades mais procuradas, destacam-se ortopedia, neurologia e cardiologia. O AME computou 2.775 atendimentos de psicologia, fonoaudiologia, fisioterapia, nutrição e enfermagem. Somente no primeiro mês do ano, a unidade realizou 361 cirurgias ambulatoriais.
Ao todo foram 17.490 exames internos (solicitados pelos profissionais do ambulatório durante os atendimentos médicos) e outros 3.012 externos, 3.012, agendados pelas Unidades de Saúde. Os procedimentos de Patologia Clínica e Ultrassonografia foram os mais realizados.