Bombas elétricas nos poços profundos funcionam 24h; autarquia espera aprovação da Câmara para crédito adicional
Audiência pública discutiu a abertura de crédito adicional de R$2,4 milhões para a Saev
Jociano Garofolo
garofolo@acidadevotuporanga.com.br
Devido aos recentes aumentos dos preços de alguns serviços divulgados pelo Governo Federal, a Saev Ambiental projeta pagar R$2 milhões a mais de energia elétrica em 2015, em comparação com 2014, para manter todos os trabalhos da autarquia, mas principalmente os motores e bombas dos dois poços profundos. Os equipamentos utilizados para retirar e resfriar as águas do subsolo na Vila Muniz e no Pozzobon funcionam em alta potência 24 horas por dia, e isso deve puxar o aumento do consumo.
O assunto foi debatido ontem na audiência pública na Câmara Municipal, que discutiu um projeto de lei proposto pelo Executivo para o repasse de R$2,4 milhões de crédito adicional para a Saev. A verba será destinada para prestação de serviços a terceiros, manutenção e conservação de máquinas e equipamentos, entre outras atividades.
Também representou a Saev na audiência o contador da autarquia, Alexandre Lima.
Os contadores explicaram que o orçamento da autarquia para 2015, elaborado no meio do ano passado, não contava com alguns fatores que apertaram as contas, e citou como exemplo principal o aumento da energia elétrica. “Em setembro do ano passado, o valor pago foi de R$201.840. Um mês depois, em outubro, esse valor pulou para R$297.421”, disse
Alexandre Lima. O ano de 2014 fechou com uma média de R$2,3 milhões pagos para a Elektro pelos serviços de energia elétrica. Já para esse ano, a previsão é de que o valor chegue a R$4,3 milhões. “Se o aumento de energia tivesse ocorrido em julho, quando as contas para 2015 foram elaboradas, a situação seria diferente. Entretanto, com R$2 milhões de aumento na conta, não há finanças que aguentem”, explicou o contador Deosdete.
Beneduzzi e André Figueiredo questionaram a situação. “A energia subiu, mas a água subiu também”, afirmou André. Deosdete disse que o aumento da água incluiu projetos em longo prazo que beneficiam a população, como a construção dos dois novos poços profundos, que será paga pelo município por meio de financiamento.
Osmair Ferrari voltou a “bater na tecla” da separação do setor do meio ambiente da Saev, pedindo a volta de trabalhos como coleta de lixo, por exemplo, para a Prefeitura, ficando para a autarquia a água e o esgoto. “Sempre tem alguma justificativa, mas quem paga é a população. Os munícipes cobram os vereadores sobre o aumento da água”, disse Osmair, questionando se houve falta de planejamento na elaboração do orçamento da Saev.
O contador da Prefeitura, Deosdete Vechiato negou que faltou planejamento e voltou a apontar o aumento no preço da energia elétrica como fator determinante para a abertura de crédito adicional. acidentes.