Criado pelos irmãos Nasser, José e Marão no ano de 1966, o local é privilegiado por ficar próximo ao Centro da cidade
Isabela Jardinetti
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O bairro Marão foi criado em 1966, com 158 lotes à disposição. Melhoramentos, uma das primeiras imobiliárias da cidade, era dos irmãos Nasser Marão, José Abdo Marão e Marão Abdo Alfagali e foi responsável pela venda dos terrenos na época.
Quando foi construído, a área era tomada por mato e capim. Havia um campo de futebol de terra batida, em que se reuniam os jovens da época para jogar bola. Um dos filhos dos três patriarcas, Egmar Marão Alfagali, contou que hoje, cinco membros da família ainda moram no bairro, inclusive ele.
“O bairro, além de ser ligado à família é o nosso maior orgulho. Estamos perto de mercados, de postos de saúde, nunca faltou nada. É um bairro mais etilizado, mesmo estando em uma zona periférica da cidade”, disse Egmar. Ele também contou que no bairro haviam três máquinas de arroz e de café. “Por ser entrada da cidade, era mais fácil para os donos deixarem seus produtos, descascar o arroz e o café”.
Já o prefeito Junior Marão, filho de Nasser Marão, relatou sua satisfação em Votuporanga ter um bairro com o nome de sua família. “Com certeza, me sinto muito orgulhoso. Realmente, o terreno onde está hoje a sede do Rotary foi uma doação de meu pai, ele que viveu intensamente da filosofia daquele clube de serviço. Quando o bairro surgiu ainda era muito pequeno.
Quanto ao meu pai, a maior herança que recebi dele, não foram os bens materiais. Dele, herdei o amor e o orgulho de ser votuporanguense. Acredito que alguém pode até ter amado Votuporanga tanto quanto meu pai, mas não mais do que ele. É impossível andar por essa cidade sem pisar em um canto ou recanto onde ele tenha se debruçado e auxiliado, inclusive na doação de terrenos”.
Juninho também falou de outras ruas, praças, bairros e prédios públicos, que evocam o nome de seu pai como benfeitor. “Cresci, tendo na memória, meu pai como imagem de um pioneiro, empreendedor, doador, que não fez mal a ninguém e que deixou uma ficha de serviços prestados à comunidade, sem jamais ter exigido nada em troca. Um homem que não exerceu mandato político, mas foi a “alma viva”, fiel aliado e financiador das administrações progressistas e humanistas, que sempre encontraram nele uma alma pronta para o trabalho”, disse.
Já o irmão de Juninho, Carlos Marão, também comentou sobre o local. “Quando nasci o bairro já existia, e para mim é motivo de muito orgulho. Minha família está há 71 anos em Votuporanga e sempre participando ativamente do crescimento da cidade”, disse.